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Morte de personagem principal: Crueldade literária ou golpe de mestre? O impacto que fica quando heróis caem.

A hora da pausa - Edição de 19 de Outubro de 2025.


O impacto que fica quando heróis caem.
O impacto que fica quando heróis caem.

"As almas mais fortes são feitas de sofrimento." - Khalil Gibran

Poucos eventos em uma narrativa têm o poder de chocar, entristecer e, paradoxalmente, prender o leitor como a morte de um personagem central. Lembramos das lágrimas derramadas por Dumbledore, Snape e Fred Weasley em "Harry Potter", ou o desespero com as mortes inesperadas de Ned Stark, Robb Stark e Hodor em "Guerra dos Tronos". Essas perdas não são meros artifícios; elas redefinem a trama, elevam as apostas e, muitas vezes, servem como um divisor de águas na jornada dos personagens remanescentes. Elas nos lembram que, em qualquer universo, a vida é preciosa e a perda, inevitável.


Mas por que um escritor decide eliminar figuras tão queridas? É para demonstrar realismo brutal em um mundo fantástico, para pavimentar o caminho para a ascensão de novos protagonistas, ou para mergulhar o leitor em um abismo emocional que o conecta mais profundamente à história? E como encaramos a figura do anti-herói que, por vezes, é o executor desses atos trágicos? A criação de um personagem como Kireina Bakku, a assassina mais letal da Yakuza em "Alana Ghosten e as Viúvas do Vampiro", quando elimina a Comandante Alice Loren, é um exemplo de como figuras moralmente ambíguas podem ser catalisadores cruéis, mas fundamentais, para o avanço da trama e o desenvolvimento dos heróis. Muitas vezes são responsáveis por oferecer um caminho para o Epílogo da história. Será que Kireina merece um livro solo, contando algumas das aventuras sórdidas dela?


O tema não é novo e nem está esgotado. Acabamos de ver o Brasil parar pela segunda vez, com a mesma pergunta: “Quem matou Odete Roitman?”. Responda você mesmo: o que faz esse assunto receber tanta atenção?


Em minhas obras, a morte trágica de protagonistas ou personagens centrais é uma ferramenta poderosa para explorar os limites da resiliência humana (e não humana). Em "Alana Ghosten e as Viúvas do Vampiro", “Celina & Débora" e "A Bruxa de Saturno", entre outros, a perda não é um ponto final, mas um gatilho para transformações profundas. Como você, leitor, assimila este estratagema? A dor da perda te faz querer abandonar o livro, ou, ao contrário, te prende ainda mais à trama, ansiando por vingança, justiça ou redenção?


O impacto gerado pode realizar transformações profundas. Uma leitora muito querida me revelou que esmurrou o livro, quando Claudius se apresentou para morrer nos braços de Alana, no sacrifício final. Ela, a leitora, gritava para o livro:  “Saia daí, seu idiota, você vai morrer! Fuja!”. A morte dele, planejada, foi o catalizador das mudanças que se seguiram, não planejadas pelos protagonistas, originando os dois outros livros da trilogia. Essa reação é o poder da Literatura, o que sustenta Escritores.


Que morte literária mais te marcou e por quê? Venha debater sobre a coragem (ou a crueldade) dos escritores e descubra mundos onde cada vida importa… até não importar mais.


Conheça meu portifólio e escolha um livro para começar: https://www.clovisnicacio.com

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